quinta-feira, 21 de novembro de 2013

HOTÉIS DO NORTE DO PARANÁ - DÉCADA DE 30 e 40


Livro resgata história de hotéis e pousadas da região

Agência UEL 

Obra integra série Fragmentos da História do Norte do PR, com foco no segmento do turismo
Saiu mais um livro da série “Fragmentos da História do Norte do Paraná em Textos e Imagens”, produzido como atividade de projeto de pesquisa coordenado pelo professor Paulo César Boni, do Departamento de Comunicação da UEL. A obra enfoca nove Hotéis Históricos da região, reunindo artigos científicos, fotografias, além de uma breve retrospectiva das hospedarias em todo o mundo. O lançamento será nesta quinta-feira (21), às 10 horas, na sala 683 do Centro de Educação, Comunicação e Artes (CECA).
Em 214 páginas o leitor poderá mergulhar na história dos hotéis Luxemburgo, Triunfo, Cravinho, dos Viajantes, Berlim, Londrina/Coroados, Tókio, Sahão e Monções. Também poderá conhecer a trajetória do Hotel Rolândia e de pensões e hospedarias de Apucarana e Maringá. Os organizadores são Paulo César Boni e Juliana de Oliveira Teixeira.
O professor Boni lembra que os hotéis tiveram um papel imprescindível na colonização da região, que foi feita debaixo da atração da compra de terras. “Os hotéis recebiam potenciais compradores que vinham conhecer as terras, mas também foram a primeira residência de muitos trabalhadores, funcionários públicos, gerentes de banco, contadores e outros profissionais que vieram fazer a vida no novo eldorado”. 
As pousadas e hospedarias foram tão importantes, observa Boni, que o aniversário de Rolândia é comemorado na data “em que se bateu o primeiro prego para a construção de seu primeiro hotel, o Hotel Rolândia, no dia 29 de junho”.
A produção do livro contou com financiamento parcial do FAEPE – Fundo de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão da UEL. Da tiragem de 1.000 exemplares, 200 serão distribuídos entre os autores e 350 serão entregues à Secretaria de Cultura de Londrina para distribuição entre estabelecimentos de ensino do município de todos os níveis, oficiais e particulares. Segundo o professor Boni, o próximo livro da série já está em elaboração. Será sobre os fotógrafos pioneiros, “personagens de fundamental importância para a preservação da memória coletiva”, diz ele.
Serviço:

Lançamento: “Fragmentos da História do Norte do Paraná em Textos e Imagens”; nesta quinta (21); 10 horas, sala 683/CECA. No lançamento exemplar será vendido a R$ 10 (para estudantes) e R$ 20 (público em geral). 

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

COLEÇÃO DE GIBIS NO NORTE DO PARANÁ - ANOS 50 - 60 e 70

Nos anos 60 e 70 uma grande parte da molecada e adolescentes faziam coleção de gibis. Na época os mais famosos e desejados eram os gibis da Ebal. Os mais famosos eram os "reis do faroeste" , "Zorro", "Tarzan", "Fantasma", "Tio patinhas", "Pato Donald", etc. Eu fazia coleção de Tarzan, Zorro, Cavaleiro Negro, Fantasma e Cheyenne, coleções que guardei até hoje. Os colecionadores de gibis tinham o costume e hábito de trocarem os repetidos ou aqueles que haviam lido na frente do Cine Rolândia (onde hoje é a Romeira) nos matinês de domingos, às 14 horas. O interessado ia folhando rapidamente e dizendo: - já tenho...não tenho....já tenho...O outro colecionador idem. Depois de separados aqueles que havia interesse começava a negociação. Os mais antigos valiam o dobro. Quer dizer era necessário dois gibis novos por um antigo. Quando eu conseguia algum para a minha coleção ficava muito contente. Vinha feliz para casa. Havia um costume também da molecada de jogar "Bingo" com gibis. Para cada rodada era "casado" um gibi por jogador. A única regra era de que o gibi estivesse perfeito, com a capa intacta, sem rasgos. Lá em casa nos reunimos debaixo do meu pé da "Santa Bárbara" onde eu tinha uma casa  da árvore do Tarzan. Lembro-me de alguns colecionadores: Maruishi, Formigão, Salgueiro, Ivo pintor, Toninho Lovato, Jair Qualio, Mauro Rodrigues, Paulo Ademir Farina, Nelsom Sanches Galera, Panhan, Aylton Rodrigues, "Mimo", Paulo Vieira,  Estevo Hijo, "perereca", "cara manchada" e João Farina. Relato de JOSÉ CARLOS FARINA - ROLÂNDIA - PR.- Fotos  das minhas coleções - By  JOSÉ CARLOS FARINA

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

GASTRONOMIA E COSTUMES NO NORTE DO PARANÁ NOS ANOS 60


A maioria das  famílias da classe média e classe média baixa nos anos 60 e 70 não conheciam os pratos e alimentos  da atualidade. Naquela época pouquíssimas famílias almoçavam ou jantavam em restaurantes ( a não ser quando viajavam). Quase ninguém pedia pizzas e lanches por telefone. Não havia este serviço... Pratos como Estrogonofe, lazanha, Filé ao molho madeira, bife a rolê, bife a parmegiana, medalhão de filé mignon, salpicão... poucos conheciam. Maçã só havia as importadas e as pessoas destas classes sociais só as comiam se ficassem doentes. Iogurte, chocolate e coca-cola eram artigos de luxo... churrascos só em casamentos e festas de final de ano. A  maioria  das famílias consumiam apenas o trivial, ou seja, arroz, feijão, ovos, verduras ( que a maioria plantava no fundo do quintal), legumes. Não era todo o dia que havia carne... quando tinha as opções eram frango caipira ou porco. Carne de boi só aos domingos. Aos domingos, impreterivelmente  além de bifes ou frango era servido a famosa macarronada com molho de tomates. Batatas com creme de maionese era muito raro. Minha mãe servia sempre  ( e até hoje) batatas cozidas e tomates recheados. Sobremesa era sempre com frutas da época. Refrigerantes nem pensar. Pudins e sorvetes muito raramente. Minha mãe além destes pratos preparava também outros que poucos hoje conhecem: salada de serralha e cambuquira ( broto de abóbora  cozido). Nas festas de final de ano era servido pernil de porco, leitoa e frango assado, arroz, macarronada, maionese, salada, guaraná antartica e cerveja. O charme é que as carnes eram em sua maioria assadas em fornos caipiras à lenha. O sabor era muito melhor. Apesas da comida simples as crianças não  eram enjoadas... comiam de tudo... saladas.. legumes.. ovos fritos.. e até carne ( quando tinha)... Na época a televisão estava engantinhando... não éramos ainda uma "aldeia global"... o povo ( a maioria vindos da roça) eram pessoas simples, mas educadas... criadas com o temor à Deus.... as crianças e jovens "curtiam" os pais, avós e tios... havia respeito aos mais velhos e as autoridades... Os prefeitos cuidavam melhor das cidades... O dinheiro era "curto" mas todos eram mais felizes... os bailes eram ótimos... a dança era melhor... a música era melhor... até o ar era melhor... as pessoas podiam andar à noite e de madrugada pelas ruas que no máximo encontrariam apenas algum  bêbado... Naquela época não se ouvia falar em crack e cocaína... uma meia dúzia apenas fumava maconha, mas não incomodavam ninguém. Os jovens não viviam bebendo cerveja como hoje. Poucos tinham carros.. e poucos morriam bêbados conduzindo carros. Os filhos ajudavam os pais nos serviços da casa... grandes  grupos de crianças brincavam juntos... se exercitavam e dormiam como anjos... As crianças faziam os seus próprios brinquedos usando serrote, martelo, arco de pua, pregos, arame... Fazíamos arco e flexas, carrinhos e muito mais...  Da década de 80 para cá a qualidade de vida o povo  foi  progressivamente melhorando no que concerne aos alimentos, roupas, móveis, carros e eletrodomésticos. Mas sempre tem o lado ruim... os alimentos hoje engordam mais... tem colesterol... excesso de sal... excesso de açucar... e pior.. ao analisarmos comportamento, respeito, educação e segurança, regredimos  muito. Hoje uma criança dificilmente anda descalço.. não toma sol... não sobe em arvores... não sabe o que é uma aventura no rio... no sítio.. andar à cavalo.. brincar na cachoeira.. pescar lambaris... brincam no computador o dia inteiro e querem namorar aos 12 anos.... JOSÉ CARLOS FARINA

terça-feira, 5 de novembro de 2013

O RÁDIO NO NORTE DO PARANÁ ( DÉCADAS DE 40 a 70 ) by FARINA


Antigamente, nas décadas de 40 a 70, na zona rural, eram poucas as famílias que possuiam rádios como este. Lembro-me que no sítio do meu avô toda noite vinham alguns amigos dele ouvir as notícias da "Voz do Brasil"... Aí "rolava" um cafezinho...  um cigarrinho de palha e muita prosa. Na minhas férias eu também estava por ali... bons tempos. JOSÉ CARLOS FARINA